terça-feira, julho 3

Dubai

Depois de um voo quase tranquilo ( as aeromoças da Emirates devem receber comissão por prato de comida servido por que era a gente dormir e alguém vinha com uma bandeijinha sabe-se lá de  que), chegamos a Dubai.
Era hora de entregar a Lia para a turma do menor desacompanhado.
- Oi. Ela tem que ser recebida por alguém da companhia aérea. Ela está indo desacompanhada para o Brasil.
- Não.
- Como não?
- Não. Não tem menor desacompanhado nesse voo.
- Tem essa.
- Não tem não, senhora. O pessoal de terra veio aqui buscar um menor desacompanhado e nós já avisamos que não tem nenhum.
Ai, ai, ai! Acho que vou direto pro céu. Explico pela milionésima vez que a Lia é a menor desacompanhada que eles vieram buscar.
- Mas você não é a mãe dela?
- Sou.
- Entào...
Quase me desesperando tento convencê-los que ela vai sozinha para o Brasil, que ela precisa de assistência a partir de agora, e que embora eu seja sim a mãe, eu não posso ir ao Brasil só por que eles resolveram não entregar a Lia para o pessoal responsável.
Finalmente alguém entende o babado, chama uma moça mal humorada para nos escoltar até o depósito de crianças onde ficamos todos amontoados, esperando os respectivos voos. A miséria é tão obvia que eu não tenho coragem de abandonar a minha filha ali.
Quando ela finalmente parte eu peço para usar o telefone e ligar para a minha chefe, que está me esperando. A resposta é curta e grossa: NÃO!
Peço ajuda aos seguranças do aeroporto que são muito mais generosos e confirmo a minha visita ao escritório. Primeira fase cumprida.
Não vou descrever em detalhes a minha maratona para conseguir o visto para entrar em Dubai. Basta dizer que eu andei tanto, de guichê em guichê, que não vou precisar fazer exercícios pelos próximos 3 meses.
Saio do aeroporto e Dubai me engole. Como a cidade mudou desde que eu morei aqui em 2004/2005.

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After an OK flight (the flight attendants woke me up several times to deliver food - did I mention the flight was 4 am and we landed 6 am? Who needs to eat that time of the day?) we safely landed in Dubai.
Now all I had to do was inform the cabin crew Lia was an unacompanied minor and they would take her under their care.
- Hi! We are waiting for someone to come and pick her up - she is travelling unaccompanied.

- No.
- What do you mean "no"?
- No. We have no unaccompanied children on this flight.
- Yes, you do. Here she is.
- No, ma'am, we don't. The ground staff already came here to collect an unaccompanied minor and we have told them we have none.
Holding my breath, I explained to her Lia was supposed to be picked up, she was a minor, travelling alone to Brazil. All paperwork was done, I had confirmation both from the Brazilian and the Bahraini offices.
- But aren't you her mother?
- Yes.
- So ...
I was almost having a fit. all I needed was for them to deliver the service we agreed on. I could not go to Brazil with Lia because they messed up the paperwork.
 Finally someone understood the frill, called a sulky girl to escort us to the warehouse where children were all huddled together, waiting for their flights. The misery in their eyes were so obvious I did not have the heart to leave Lia there.
When she finally left,  I asked to use the phone to call my boss, who is expecting me. I could not believe the Emirates employees simply said ; NO!
 Luckily I found some nice security guys who let me use their phone, confirm my visit and get the address where I was going. First phase completed.


I will not describe in detail my marathon to get a visa to get in Dubai. Suffice to say that I walked so much, going from office to office, collecting stamps, I will not need to do exercises for the next three months. Even though the bureaucracy was annoying, I was grateful this time they let me in. A couple of years ago I was denied entry in the country because I was a female brazilian travelling unaccompanied.


As I walked out of the airport Dubai swallowed me. This  city has changed so much since I lived here in 2004/2005...

9 comentários:

  1. Vai contando... só os perrenges é que faz a viagem ser diferente de todas as outras, imagine se tudo corresse bem, seria uma viagem igua a da vizinha.
    bjs
    Jussara

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  2. Olha,vejo tanta gente limitada que, né?... dá preguiça de falar over and over and over again.

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  3. Pensei que só houvesse gente mal educada e desorganização aqui no Brasil!! Olha, essa viagem vai ser boa demais e no final vai virar um livro, com certeza!!! Estarei esperando o próximo capítulo ansiosamente.
    bjokass

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  4. Querida Inaie!
    Depois desses acertos...
    Tenho certeza que terás uma
    viagem abençoada e feliz.
    Abraços!Tudo de bom pra ti.

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  5. Oi Inaie, eu estou convencida que os serviços de atendimento ao cliente das empressas são formados só por gente incompetente, porque não é possível!!!
    Eles nunca entendem o nosso problema e parece um teste à nossa paciência, porque só entendem o que realmente queremos dizer quando estamos perdendo a linha já.
    Eles me tiram do sério!

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  6. Aiiii q deliciaaaa! começou a aventura!!!
    como esta se sentindo???
    deve estar sendo otimo!
    ontem li o post mas nao pude comentar, Rafaella passou mto mal a noite, vomitou, gritou , se contorceu de dor...mas hj to aqui, lendo essa aventura!! junto a um monte de gente q ama ler seus posts com certeza.
    um bjo e q Deus te abençoe!

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  7. auhauahua eu voltei para o Brasil do Japão pela Emirates e o serviço foi excelente... realmente isso é verdade. Eles te entopem de comida, depois mandam vc dormir e depois te acordam com mais comida e por ai vai... parece mãe que tem preocupação em vê-lo alimentado auhauhua

    Kisu!

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