Há 2 anos
segunda-feira, março 14
Descobrindo a Asia
Descobrindo a Asia - PAcifico
Eu me lembro de ter sonhos de viagem desde a minha adolescência. Queria viajar pela Europa, descobrindo lugares exóticos e fugindo dos lugares comuns (aonde “todo mundo” vai). Pensei em ser mochileira, estudante de alguma coisa bem moderna – que eu nunca consegui definir o que seria. Depois eu viajaria pelas ilhas Gregas, conheceria o Egito e teria mil estórias para contar.
Confesso que meus planos deram com os burros n’água e ate bem pouco tempo, eu conhecia o Paraguai, a Argentina e a Itália (Roma, Veneza e Florença), o que eu não chamaria do cumulo da originalidade.
Pois os anos se passaram e os meus sonhos de adolescente ficaram esquecidos.
Me casei, tive filhas lindas e um belo dia eu e meu marido resolvemos morar um ano fora do Brasil. Poderíamos conhecer novos horizontes e estudar – e lá veio discussão...
- Estados Unidos ?
- Nem morta. Muito violento. E s americanos olham feio pra sul americano...não, não, não.
- Europa então?
- Boa idéia. Europa onde? Itália. Claro! Itália. Vamos para a Itália.
- E a senhora fala italiano por acaso?
- Ah eh... Itália não da não. Então Espanha. Claro, Espanha.Vamos para a Espanha.
- Ah! Claro. Devo deduzir que seu espanhol e fluentissimo. Ou você pretende morar num pais falando Portunhol?
Puta cara chato...já comecei a me perguntar por que diabos me casei com ele...
- Então nos resta Portugal e Inglaterra. Pode escolher. Eu não me importo.
Claro que nem um pais nem outro apeteceu meu digníssimo marido que queria mesmo era morar nos Estados Unidos.
Acabamos negociando e indo parar na Austrália. Da Austrália resolvemos imigrar e chegamos a conclusão (conjunta, graças a Deus) que a Nova Zelândia seria um pais maravilhoso.
Arrumamos as nossas malinhas e viemos para cá, onde montamos acampamento definitivo –ate segunda ordem...
Mas essa estória toda para te contar que com essas andanças eu acabei descobrindo uma parte do mundo muito mais exótica e glamourosoa do que os lugares que eu idealizava conhecer.
Há alguns anos estive na Tailândia. O lugar e tão incrivelmente fascinante que eu acabei perdendo as minhas filhas (então com 2 e 3 anos) varias vezes nos templos e monumentos históricos.
Vez por outra aparecia um local com duas ocidentaizinhas pela mão.
- Oi. Essa criança e sua?
Acho que eles não precisavam ser bidus para juntar dois e dois e devolver os rebentos para os únicos alienígenas ocidentais disponíveis no momento.
O Tailandês e um povo extremamente gentil e agradável. As pessoas nos paravam na rua para tirar foto das minhas menininhas.
Quando estive na Itália fiquei impressionadíssima com os monumentos Romanos, mas os templos tailandeses são outros quinhentos merreis.
]Imensos, maravilhosos, vivos.
A religião e levada super a serio, as casas tem altares budistas, com frutas frescas para o Deus presente.
Algumas das nossas religiões também oferecem comida aos deuses, mas na Tailândia, ninguém precisa sair escondido procurando encruzilhada a meia noite.
Fiquei maravilhada com a Tailândia e o tailandês.
Um mundo completamente novos e abriu a minha frente. Novos hábitos, novas crenças...
Depois disso passeei um pouco mais pela Austrália e Nova Zelândia e dei um pulinho em Fiji.
Agora sei por que as ilhas do pacifico são famosas. Gostei muito da beleza natural, mas sendo brasileira, e difícil ficar de boca aberta com a natureza alheia. Para mim, o Brasil continua sendo o pais mais lindo do mundo.
O que me impressionou em Fiji mais uma vez, foi a cultura e como varias culturas tão diferentes interagem e convivem na mesma terra.
Descobri a estória dos fijianos canibais e aprendi sobre lutas tribais entre eles e outros povos do pacifico.
E agora acabei de voltar da Malásia.
Lá, chineses, indianos e malaios vivem pacificamente sem se misturar.
Existem escolas para os três povos, onde as crianças mantem a língua e a cultura vivas. Visitamos o bairro português, onde moram os descendentes daqueles que dominaram o pais num passado bem longínquo.
Num mesmo quarteirão, visitei um templo chinês, um hindu e uma mesquita.
Nunca vi tantas mulheres usando burcas (aquela roupa preta que as mulçumanas mais tradicionais usam cobrindo o corpo, a cabeça e o rosto – algumas deixam só os olhos de fora, outras nem isso)na minha vida .
Ficava olhando para elas com os olhos arregalados, e mais de uma vez me surpreendi vendo elas conversarem com os maridos como “pessoas normais”.
Eu na minha santa ignorância, achava que essas mulheres não podiam nem falar com os maridos, quanto mais discutir onde ir e o que comer, por exemplo.
Essas muçulmanas são da Arábia Saudita – onde e verão agora , com uma temperatura que chega a 50 graus Celsius. Os sauditas viajam para a Malásia para refrescar (temperatura próxima aos 30 graus).
A Ásia não e só fantástica do ponto de vista cultural. E também o paraíso das compras. Voltamos para casa com os pés inchados e cheios de bolhas, mas felizes da vida pelas “comprinhas” que fizemos.
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