Essa noite minha filha Anita - 5 anos estava muito doente. Um febrão danado, tinha ate vontade de vomitar, a pobrezinha.
Passamos a noite em claro, as duas.
Pela manhã avisei que não ia trabalhar e fiquei pensando o que eu poderia fazer para o almoço dela. Me lembrei da minha avó e como ela cuidava de mim quando a doente mirim era eu.
Canja de galinha.Não interessa que doença fosse, era canja de galinha e pronto.Melhor remédio não havia.
Não tive dúvidas. Resolvi que ia tratar a minha filha como sempre fui tratada e me decidi pela bendita canja.
Agasalhei a Anita e fomos ao supermercado comprar a galinha. Minha avó compraria uma galinha fresquinha, no Seu Geraldo, mas na falta do Seu Geraldo ia a galinha do balcão refrigerado do supermercado mesmo.
Comprei filés em tirinhas por que obviamente eles iam desfiar mais fácil.
Chegamos de volta com a brilhante aquisição e eu me dei conta que não tinha a menor idéia de como cozinhar a canja. Olhei o relógio, a madrugada ia solta no Brasil, nem pensar em ligar as 3 da manhã para perguntar como e mesmo que se faz uma canja??
Ía ter que me virar...opa! claro, como não pensei nisso antes?
Temos uma comunidade brasileira imensa aqui. Peguei a agenda de telefones e fui para a letra A. secretaria eletrônica, secretaria eletrônica, secretaria eletrônica...tempos modernos.
Ninguém em casa e todas essas máquinas diabólicas dizendo: não estamos em casa, se for urgente, azar os eu.
Boa era mesmo a minha avó, que estava sempre em casa.E sabia fazer canja sem perguntar para ninguém.
Quando já tinha esgotado a minha lista de possibilidades, encontrei uma amiga de uma amiga em casa. E surpresa: ela sabe fazer canja.
FÁCIL, Inaie!
Você pega a galinha com osso (primeiro problema, a minha galinha já veio sem osso!! DROGA!), refoga, tempera, corta a batata (BATATA??? SACO, me esqueci da batata. Vai sem batata mesmo) e a cenoura (CENOURA?? e eu lá sou coelho por acaso?? por que haveria de ter cenoura em casa?)
O resto da receita confesso que nem ouvi por que sem osso, as batatas e a cenoura não ia dar muita canja não, ía??
Anita vai ter que comer um dos meus saudabilíssimos congelados e se recuperar como uma menina da cidade! Uma menina moderninha. Essa estória de canja é mesmo muito ultrapassada...
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