segunda-feira, março 14

A EX

Depois de sete anos de monogamia ferrada, recebo um e mail do Brasil ( o fulano que dorme na minha cama a sete anos foi ao Brasil em férias. Buscar as minhas filhas que estavam com os avos). O e mail dizia assim:

Hoje almocei com o Fulano, o Beltrano e a Xiquinha. Li a frase com outra qualquer, ai a ficha caiu... Xiquinha?

Mas essa é a ex. A falecida.

E não só e a ex, como é a ex que eu convidei a se retirar de uma festa na nossa casa, anos atrás.


Ai, ai, ai.



E agora? Achei que não tinha nada demais e continuei lendo os meus e mails como se nada tivesse acontecido. Mas o frio na espinha não passou.

Liguei para uma amiga minha e contei a estória .E ela:

- A gente nunca sabe o que realmente aconteceu.Pode ser muito mais ou muito menos do que a gente imagina. Acho melhor você perguntar para ele.



Eu tenho a nítida impressão que foi mesmo um almoço entre amigos. Que não tem nada demais.

Mas também acho que pessoa traída fica arrumando desculpa pra companheiro sem vergonha. E nunca enxerga um palmo na frente do nariz.



Ai, ai, ai.



E quem é que nunca sentiu aquele frio no estomago pensando no que o “outro” anda fazendo na sua ausência?

E quem nunca sentiu saudade desse namoradinho ou daquele?

E quantos outros ex já não passaram pela nossa vida outra vez sem nem serem notados?

Até engulo que da para sentir carinho por ex, que da para se relacionar bem com ex, e outras coisinhas mais.

Mas quem e que quer o seu “atual” sassaricando la para as bandas do ex?







E lá vem a pergunta outra vez. E agora?

Vou a forra?

Parto para a galinhagem pura e simples?

Paquero até o verdureiro?

O problema e que até galinhagem enferruja. Depois de sete anos fora do mercado, eu já nem ia mais saber como, ou por onde começar a brincadeira.

E olha que eu sempre fui boa nisso.

Será que é como andar de bicicleta?

Será que a gente não esquece nunca?

Sei não.



Meu estomago continua embrulhado. Não sei nem se já vou falando uns desaforos por e mail mesmo, se ligo lá e solto os cachorros, ou se deixo para lhe aplicar uma boa descompostura logo no aeroporto. Também posso nem aparecer no aeroporto para busca-lo.

Essa sim seria uma boa vingança.

Depois digo que me esqueci. Que estava de ressaca e não consegui acordar.

E ainda peço desculpas.

Com a cara mais lambida do mundo...



E agora?

JÁ planejei visitar e revisitar todos os meus ex namorados, casos, rolos, transas e beijos quando eu for ao Brasil.

Vou precisar de pelo menos uns seis meses para cumprir a agenda, mas tenho certeza que o sabor da vingança ia ser doce, bem doce.



Por enquanto ainda não me decidi. Devo passar algumas noites em claro pensando e repensando, e se Deus ajudar, quem sabe eu não acabo sendo uma boa menina e deixando a traquinagem do vagabundo para lá?



Por hora estou aceitando sugestões.Prometo analisa-las com carinho





Nenhum comentário:

Postar um comentário