De Manaus ao Tupana - nosso hotel de selva!

Depois de um dia de sassaricos em manaus– Teatro Amazonas, feira de artesanato, nos estavamos mortas. Fomos pro hotel, as meninas pediram um sanduba carissimo ( eu ja estava fazendo qualquer coisa pra poder dormir em paz).

Pena que o meu tiro saiu pela culatra e eu passei a noite praticamente em claro – acordando a todo momento crente que eu tinha perdido a hora. As meninas nao tiveram uma noite muito melhor. No meio da madrugada, Lia pegou os lencois e foi se deitar no chao do banheiro pra se livrar de mim e da Anita.

Ainda bem que eu percebi o que ela estava fazendo e fui busca-la. Imagine so se eu nao tivesse passado a noite em claro... ai que nojo! 

 A pobre da Anita nao teve uma noite muito melhor, e se revezava entre frio insuportavel e calor dos infernos – e para suprir seu sofrimento, ela ligava e desligava o ar condicionado, arrastando todas nos para o mesmo martirio que ela sofria. Da Antartida a Manaus em minutos...

Depois de uma puta noite turbulenta, finalmente amanheceu e as 6:30 a recepcao do hotel nos chamou. Hora de tomar cafe e marchar para a Amazonia...

O cafe da manha me surpreendeu. Apesar do hotel ser simples, o buffet foi uma delicia. Paes diversos, presunto, queijo, sucos de frutas da regiao, ovos mexidos, varias frutas deliciosas. Tudo de bom. As 7:20, com a barriga cheia, estavamos prontas para partir para a nossa aventura!

Uma van veio nos buscar e nos levou ate um porto fedorento ( cheiro de esgoto, arght!). De la, pegamos um barco e fomos em direcao ao encontro das aguas. Ver as Aguas do rio Negro se encontrarem com o Rio Amazonas foi magico! Os rios se enamoram por mais de 12 kilometros, sem se misturar.

O Rio Negro e escuro, mais quente e lento que o Amazonas, que e barrento, frio e bem mais rapido. Sao essas diferencas que fazem com que a agua dos rios nao se misturem. Eh lindo.

Chegamos ao lado de la dos rios, estavamos oficialmente na floresta amazonica. A Anita nao se continha: Por que tantas casas? As pessoas moram aqui? Ou sao casas de fim de semana? Nossa, tem escola? E posto policial... wow

De repente o espanto passou e ela resolveu ficar decepcionada com a viagem : a gente nao esta de verdade, de verdade na Amazonia ne! Ta tudo populado. Tem casa e gente pra todos os lados...

No porto uma caminhonete de cabine dupla estava nos esperando. Uma conta rapida nos fez perceber que a coisa ia ser complicada – eramos 5 hospedes + o motorista. Nao ia caber. A opcao era simples: podiamos nos apertar, ou esperar o proximo carro. O casal Polones que estava conosco foi gentilissimo. A menina foi sentada no colo do namorado, para todos nos cabermos no carro.Depois de muito rodar ( mais de uma hora com certeza), chegamos a um vilarejo.

Anita continuava reclamando : Olha la, isso aqui nao e a Amazonia, tem ate sandalias Ipanema... civilizacao. Estamos bem no meio da civilizacao!

Nesse vilarejo, fizemos um translado de balsa, ja que o governo contratou uma empersa para construir uma ponte sobre o rio, e contratou outra empresa para construir as cabeceiras da ponte (as duas pontas). Resumindo: a ponte esta pronta mas nao ha como passar por ela, por que ela e apenas uma estrutura suspensa, sem nenhum contato com o chao.

Do lado de la da balsa, pegamos a BR 319 e continuamos floresta adentro. Vegetacao fechada e pedacos de rio maravilhosos pra todos os lados. As palafitas enfeitavam o trajeto.

Andamos mais uma hora mais ou menos e demos de cara com outra ponte sem cabeceira – mesmissima historia. A companhia que vai construir as cabeceiras e outra...

Dali, pegamos uma canoa motorizada e navegamos mata adentro por uns 20 minutos, ate chegarmos ao nosso hotel.

La no alto, cravado no meio da mata, estava ele. Simplesmente magnifico, olhando o Rio Tupana que passa feliz pela sua porta, com aguas super escuras e nenhum vizinho a kilometros de distancia!