segunda-feira, março 14

CAso ou compro a dita da bicicleta?


Desde o dia que nascemos todos a nossa volta se metem a fazer planos para o nosso futuro. Decidem a nossa futura profissão, definem o nosso caráter e esperam que nós cresçamos e sejamos o reflexo de suas expectativas.

Claro que isso quase nunca funciona – Graças a Deus!

Mas a verdade é que o maior ranço que herdamos desse planejamento todo é a “necessidade” de nos casarmos. A bendita necessidade de termos um Santo Cristo para envelhecermos junto.

Vocês já pararam para pensar nisso alguma vez?

Nas festinhas de aniversário depois do chatíssimo parabéns vem o ainda pior “Com quem será, com quem será…Com quem será que o fulaninho vai casar??” E o pobre do fulaninho está inocentemente completando seu primeiro aniversário.

Pobres de nós.

Tá bom, tá bom, eu também concordo que a vida é muito chata se não tivermos com quem dividir as alegrias e as tristezas (muito mais as tristezas, pq para as alegrias nós sempre temos voluntários disponíveis para dividi-las).

Bom, eu ia dizendo que somos educados e treinados para nos casar e viver feliz para sempre. Homossexuais, hétero, todo mundo está mesmo a fim de se enroscar e mais dia, menos dia, isso finalmente acaba acontecendo, para deleite de pais e familiares em geral.

Fico pensando com os meus botões se eles no fundo pensam: Ahá! Agora você vai ver o que e bom prá tosse…

Depois de finalmente decidirmos que “aquele” é mesmo o escolhido e que seremos felizes para sempre, e que tudo vai ser cor de rosa, e que o “desinfeliz’ tem o sorriso mais lindo do mundo, é o mais carismático, mais gostoso, mais gentil, melhor de cama, nos metemos nessa aventura deliciosa e perigosíssima que é compartilhar o dia a dia, os mau humores e o mau hálito pela manhã. TODA MANHÃ.

Não me interprete mal. Sou cansadíssima e felicíssima por isso. Na verdade estou no meu Segundo casamento e não me arrependo de nenhum marido…risos…

Mas todo esse blá, blá, blá é para perguntar se vocês já pararam para pensar em todas as concessões e negociações que sucedem um casamento/juntamento/amasiamento.

Viver junto é negociar o dia a dia. É negociar o café da manhã, a posição do sofá na sala, o almoço e o jantar. É negociar as visitas da sogra e as da SUA ma, que no final também é sogra. Você escolhe tudo junto, tem conta conjunta, acaba usando essa ou aquela roupa prá agradar o namorado, mas prá não brigar com o marido.

Acho que todo casal bem sucedido é perito em resolução de conflitos (que anda tão em moda ultimamente).

E depois de pensar, e pensar e repensar, acabo chegando a conclusão de que estar casado é tudo isso e mais uma lista imensa de pentelhações, mas é, antes de tudo isso uma delicia , por que só quem optou pela vida a dois é que pode contra o prazer de dormir agarrado ao outro.




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