segunda-feira, março 14

Boiando pra vagalume ver!


Pois olha eu viajando pela Nova Zelândia. Tudo lindo, lindo. O país parece
um jardim, como já dizia a minha amiga Renata e os meus sogros. Tenho que concordar. Parece mesmo.

Bom, a viagem estava indo muito bem obrigada, quando eu descobri um jeito muito mais legal de ver os vaga-lumes que ficam nas cavernas de Waitomo.

Você tem duas formas de vê-los. Ou entra num barquinho e desce com a correnteza durante 5 minutos, olhando para cima, com o pescoço torto, ou vai num passeio deitado dentro de uma câmara de pneu de caminhão durante mais ou menos uma hora.

Bom, eu fiquei toda animada e quis fazer os dois. O primeiro com todo mundo e o segundo com quem quisesse me acompanhar.
O Fábionão queria ir, mas o Dr João (meu sogro preferido) estava bem inclinado a ver os tais bichinhos de dentro da boia gigante...
Fui lá na recepção do lugar me informar pessoalmente, para não ter nenhuma duvida.
- Oi!
- Você pode me falar mais sobre esse passeio no pneu?
- E super tranqüilo, vc deita num pneu e a correnteza te leva devagarzinho, olhando os vaga-lumes!
- Não é perigoso?
- Não.
- Não exige preparo físico?
- Não.
- Não e muito radical?
- Não.
- Por mim não tem problema, mas eu to trazendo o meu marido e o meu sogro comigo, então tenho que ter certeza que não tem problema nenhum...
- Pode ficar tranqüila.
Pois fiquei. Pais de primeiro mundo, gente seria...nem esquentei. PAgamos e estávamos lá na hora marcada.
Tudo muito divertido. Vestimos uma roupa engraçadíssima, e fomos caminhando ate o rio, onde os instrutores nos fizeram pular na água (para praticar...)
Ai começou o inferno. A água estava geladíssima e o Fábio teve uma dor de cabeça super forte, instantaneamente.
Em seguida a gente teve que subir um morro com a roupa toda encharcada e super pesada. O Dr João ficou muito, muito cansado e eu comecei a me preocupar com
ele.
Chegando lá a gente tinha que saltar umas cachoeiras (pequenas, mas tinha),
subir pedra, andar na caverna...tudo mais complicado do que parecia.
Pelo menos para os dois...
E eu lá, na maior preocupação. Já imaginou? ser acusada de tentativa de
assassinato duplo?
Pois foi um desastre do começo ao fim.
A dor de cabeça do Fábio piorou, depois ele teve ânsia de vomito (e vomitou mesmo...correnteza abaixo, sendo o último da FILA!!!).
Quando o Fábio passou mal, meu sogro sarou do cansaço como num passe de mágica
e pediu para ir com o Fabio, que estava sendo escoltado para fora da caverna
e do passeio.
Como era da família, a guia achou melhor eu ir também...mas o cara da escolta parece ter discordado, porque me esqueceu no meio da caverna, no escuro, em pé, com a bóia na mão e SOZINHA!

Tentei subir no bendito pneu e cai umas três vezes, ate que finalmente funcionou.
Ai fiquei em duvida entre sair correndo ou tentar ver alguma coisa. Apaguei a minha lanterninha e tentei aproveitar o passeio, mas descobri que a correnteza não leva ninguém a lugar nenhum. você tem que remar. E na tentativa de remar, bati as mãos na pedra, depois a cabeça, depois os pés.
Achei melhor acender a lanterna e desistir doa vaga-lumes.
Encontrei-os sãos e salvos fora da água e voltamos para a sede da empresa.
Todo mundo comemorando a aventura e eu lá, com cara de tonta, tendo sido escoltada para fora do passeio...


E pra falar a verdade, eu tava era muito braba com a empresa, que no fundo tinha mentido pra mim. Não era passeio pra eu enfiar o meu sogro, de jeito nenhum.
Fui conversar com o gerente, que foi extremamente agradável e me devolveu todo o dinheiro.
Pelo menos o meu sogro não pagou para se cansar e o Fábio vomitou de graça.
E eu volto la qualquer dia desses, com nome falso para fazer o tal passeio de novo...


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