domingo, setembro 16

Memorial e Museu do Holocausto - The Holocaust Museum and Memorial

 

The Memorial to the Murdered Jews of Europe, also known as the Holocaust Memorial  is a memorial in Berlin to the Jewish victims of the Holocaust, designed by architect Peter Eisenman and engineer Buro Happold. It consists of a 19,000 square metres (4.7 acres) site covered with 2,711 concrete slabs or "stelae", arranged in a grid pattern on a sloping field. The stelae are 2.38 m (7 ft 10 in) long, 0.95 m (3 ft 1 in) wide and vary in height from 0.2 to 4.8 m (8 in to 15 ft 9 in).
According to Eisenman's project text, the stelae are designed to produce an uneasy, confusing atmosphere, and the whole sculpture aims to represent a supposedly ordered system that has lost touch with human reason. Wikipedia.
 
O Memorial aos Judeus Mortos da Europa, também conhecido por Memorial do Holocausto, é um memorial situadoem Berlim para vítimas judias do Holocausto.  Projetado pelo arquiteto Peter Eisenman e o engenheiro Buro Happold. O Memorial é localizado numa área de 19.000 metros quadrados, coberta com 2.711 blocos de concreto, parecendo com um campo de pedras. Os blocos são de 2,38m  de comprimento por 0,95m  de largura e a altura varia desde 0,2m até 4,8m . Segundo Eisenman, os blocos são desenhados para passar uma sensação de intranqüilidade, um clima de confusão e o monumento todo representa um sistema supostamente ordenado mas que perdeu o contato com a razão humana.
 
 
No meio do memorial, há uma entrada para um Museu subterraneo, onde as vítimas do Holocausto são homenageadas.
Nessa sala silenciosa e triste, só paineis com mensagens das vítimas do holocausto, dividem o espaço com pessoas cabisbaixas. Devagarinho, todos se movimentam, de uma mensagem á outra, com os olhos cheios de lágrimas e a alma pesada.
 
In between concrete slabs, there is an entrance to an underground Museum.
In this silent and sad room, pannels with messages from the Holocaust victims divide space with quiet people. Slowly and respectfully, people move around, tears in their eyes.
 
(...) After lunch the corpses from five vehicles were buried.From one vehicle one woman was thrown out with a baby at her brest. It suckled it's mother's milk and died.On this day we worked under the light from the searchlights until seven in the evening. Also on this day a vehicle drove so close to the pit that we heard the chocked screams and desperate cries of the victims as well as the pounding on the doors. Before work had finished six of the pit workers were shot (...)
 
(...) Depois do almoço os corpos de cinco veículos foram enterrados. De um dos veículos, uma mulher foi jogada com o seu bebê agarrado ao peito. Ele morreu mamando no peito da mãe.Nesse dia, nós trabalhamos do nascer do sol até sete da noite.Nesse mesmo dia, vaículos passaram tão próximos da cova que nós ouvimos os gritos abafados e o choro desesperado das vítimas'além das batidas fortes nas portas. Antes do trabalho terminar, seis trabalhadores das covas levaram tiros (...)

 
 I fell beside him and his corpse turned over, / tight already as a snapping string. / Shot in the neck - and that's how you will end too./ I whispered to myself; lie still; no moving/ Now patience flowers in death. Then I could hear/ Der springt noch ouf - above, and very near/Blood mixed with mud was drying on my ear.  Szentkirályszabadja October 1944
 
Eu cai ao seu lado e o seu cadáver virou,/ já rígido como um barbante esticado./ Um tiro no pescoço - e é assim que você vai acabar também/ eu sussurrei para mim mesmo: fique quieto;não se mova/ Agora as flores na morte/ Aí eu pude ouvir/ Der springt noch ouf - acima e bem perto/ sangue misturado com lama secava nos meus ouvidos. Szentkirályszabadja October 1944

(...) five small children, two to three years old, sit on a camp bed in the open from Monday to Thursday and cry and cry and scream incessantly - mama, mama, chce jesc! Mama, mama, I want something to eat! The soldiers shoot incessantly and the shots silence the children for a short time
 
(...) cinco criancinhas, entre dois e três anos, se sentam numa cama ao ar livre de Segunda a Quinta e choram, choram e gritam incessantemente - Mama, mama, chse jesc! mamãe, mamãe, eu quero alguma coisa para comer! Os soldados atiram incessantemente e os tiros silenciam as crianças por um tempinho. 
 
19.06.1944
We are now living through a terrible time. Thousands of people receive summonses - they are to be sent away to work.The people know well, however, what to make this and they are scared.And yet, one reassures them: it is probably to work! One would be happy if one knew it is really to work. And one hopes, because indeed, perhaps it is (...) And one also is indiferent, because we are all tired and  exhausted to the point of death.
 
19.06.1944
Nós estamos agora vivendo um momento terrivel. Milhares de pessoas recebem intimações - eles vão ser mandados para outros lugares para trabalhar. As pessoas sabem que talvez não seja nada disso e elas estão assustadas. Mas outros os confortam: provavelmente é só trabalho mesmo. E as pessoas ficariam felizes se tivessem certeza que é só trabalho mesmo. E elas tem esperanças, por que talvez, seja emsmo só trabalho (...) E as pessoas também estão indiferentes por que nós estamos todos cansados e exaustos a ponto de não nos importar com a morte.
 
 
31 July 1942
Dear father,
I am saying goodbye to you before I die. We would so love to live, but they won't let us and we will die. I am so scared of this death, because the small children are thrown alive into the pit. Good bye forever. Yours J.
This was an 11 year old girl
 
Querido pai,
Estou me despedindo de você antes de morrer. Nós gostaríamos tanto de viver, mas eles não vão nos deixar, e nós vamos morrer. Eu estou com tanto medo dessa morte, por que as crianças pequenas são jogadas ainda vivas dentro das covas. Adeus para sempre. Sua J.
Essa carta foie scrita por uma menina de 11 anos

 
Kutno, 27 january 1942
My dear ones! I have already written a card to you on the fate that has befallen us.They are taking us to Chelmno and gassing us. 25.000 jews are lying there already. The slaughter goes on. have you no pity for us? Natan, the child, mother and I have scaped, no one else. I don't know what will become of us. I have no strenght to live anymore. If Aunt Braunia writes, write to her about everything. I send you warmest greetings. Fela
 
Kutno, 27 de janeiro 1942
Meus queridos! Eu já escrevi um cartão para vocês sobre o que tem nos acontecido. Eles estão nos levando para Chelmno e nos matando com gás.25.000 Judeus já estão jogados lá. E a matança continua. Vocês não tem pena de nós? natan,a  criança, mamãe e eu escapamos, ninguém mais. Eu não sei o que será de nós. Eu já não tenho forças para viver. Se a Tia Braunia escrever, escreva para ela sobre tudo.  Saudações calorosas. Fela
 
 
You didn't have to be revolutionary to put yourself deadly peril. It was enough to simply be oneself.It was sufficient to take one single step and one run into the traps maliciously set for Jews.
 
Você não tinha que ser revolucionário para se colocar numa situação sem saída. Era suficiente ser você mesmo. Era suficiente dar um único passo e já cair nas armadilhas maliciosamente colocadas para os Judeus.

 
Now we know all the terrible details.5000 Jews are taken to Pona instead of Kovno and shot. Like wild animals before dying, people began, in their fear of death, to break open the railway wagons, smashing in the small windows, reinforced with strong wire. Hundreds were shot as they tried to flee.Over long stretches the track was strewn with corpses.
 
Agora nós sabemos todos os terriveis detalhes. 5000 judeus são levados para Pona ao invés de Kovno e são alvejados. Como animais selvagens antes de morrer, as pessoas começam, em seu medo da morte,a  quebrar os vagões de trem, arreentando as janelinhas pequenas, que são reforçadas com arames fortes. Centenas foram mortos tentando fugir. Os trilhos ficaram cobertos por corpos.


11 comentários:

  1. Impactante! Tristeza! Indignação!
    bjs
    Jussara

    ResponderExcluir
  2. Inaiê, estou impactada com essas mensagens!
    O.O

    ResponderExcluir
  3. Inaie querida!
    Estou aqui imaginando o que sentistes ao veres tudo isso...Quantos sentimentos tristes te envolveu.
    Abraços! Uma semana abençoada pra ti.

    ResponderExcluir
  4. Muito triste, todas as vezes que leio relatos dessa epoca, por um segundo eu penso..seria tao bom se tudo isso fosse apenas historias de ficção, mas infelizmente nao foi!!Muiiiiito triste.
    bjs boa semana.

    ResponderExcluir
  5. Caraio!
    Começou forte a semana!
    Nada a acrescentar....

    ResponderExcluir
  6. Tô com um nó na garganta. Muito triste,
    Sem mais...

    ResponderExcluir
  7. E sabe o pior? Eh pensar que talvez as pessoas nao tenham aprendido nada, absolutamente nada...

    ResponderExcluir
  8. Foi realmente tudo muito triste... Ficamos pensando como isso pôde acontecer algum dia com tantas pessoas...

    Kisu!

    ResponderExcluir
  9. Eu tive a oportunidade de visitar um campo de concentração na Alemanha em 2005, foi uma sensação horrível. Acho que é impossível visitar um lugar desse e não sair de lá com um nó na garganta, com um desassossego indescritível. Eu conheço o Memorial do Holocausto em Berlim, mas não tive coragem de ir ao museu, já estava impactada com a visita que fiz anteriormente ao campo de concentração.
    Atualmente estou lendo um livro que trata justamente sobre o Holocausto... É triste, muito triste, não tem como ficarmos indiferentes.
    Abs

    ResponderExcluir