terça-feira, setembro 11

Memorial do Muro de berlim -Berlim wall's memorial

 
 
Esse lugar não está no guia ilustrado da Folha de São Paulo ( direitos autorais DK - e sim, eu vou escrever prá eles reclamando)!!
Soube disso aqui pela Eve, do rindo de mim comigo e vim conferir. Essa área do muro foi preservada exatamente como era durante a guerra fria, e é o único lugar onde dá pra ver com clareza como as coisas "funcionavam".
O muro de Berlim foi construído usando fachadas de casas, muros já existentes, propriedades que foram desapropriadas.
Depois do muro construídos ( ás pressas para as pessoas não escaparemd a Alemanha Oriental para a Ocidental), um segundo muro foi construído, metros a frente do primeiro, criando uma terra de ninguém entre os dois paredões.
Nessa foto, dá pra ver a torre de observaçao, de onde os soldados vigiavam o muro para ninguém fugir da Alemanha Oriental, um caminho asfaltado, onde passavam os jipes militares e os dois muros, como eram no passado.
 
This place is not in the illustrated DK (Dorling Kindersley) travel guide, which is a total disappointment.
 This is the only área where the wall has been preserved exactly as it was during the Cold War, and is the only place where you can see clearly how things "worked" back then.
The Berlin Wall was built using facades of housesexisting property walls and whatever was on their way. Properties were simplyexpropriated.
After the first wall was built (in a  rush to prevent  people from escaping East Germany, a second wall was built, a few meters in front of the initial one, creating a" no man's land "between the two walls.
In this photo, you can see the observation tower, from where soldiers made sure no one crossed to the West side. There was also a paved road for their military jeeps.
 
 
Essa parede marrom é um monumento aos que foram mortos durante a Guerra Fria, tentando cruzar o muro. Morreram pessoas de todas as idades, tentando cruzar a fronteira para um mundo melhor. Chorei ao ver a foto de um bebezinho de 2 anos que foi alvejado quando a familia tentava fugir da Alemanha Oriental.

In this brown wall are pictures of people who died trying to cross the wall during the Cold War. They were old, young, men and women. Tears rolled down my face when I saw pictures of infants and small children who were shot when their families were trying to escape East Germany.

Onde tantos sonhos foram esmagados, alguns poucos foram conquistados.
Ficam as histórias.
O casal que fez o casamento ali pertinho do Muro, na Alemanha Ocidental, para que a mãe pudesse pelo menos assistir á cerimônia, da janela dos eu apartamento do outro lado do muro.
A família que construiu um flying fox e escapou durante a noite ( mãe, pai e filhote de 9 anos).
Aqui no Memorial, há um centro onde passam filmes da época da guerra fria. Pessoas tentando passar para a Alemanha Ocidental - de um lado os soldados tentando impedi-las, do outro, os aliados tentando ajudá-las.
Uma cena impressionante foi ver algumas pessoas tentando passar, o soldado pegando a arma para atirar nelas e os aliados apontando seus rifles para ele, deixando claro que se ele atirasse, também seria alvejado...
Um dos outdoors do lado da Alemanha Ocidental dizia aos soldados da Alemanha Oriental:
Vocês também estão presos aí!!
Hoje, vivendo como nós vivemos, fica difícil imaginar quão difícil era esse dia a dia cheio de  restrições.
 
In this very place where many dreams were crushed, s few were achieved.
We revive their suffering hearing their stories.
A couple got married right next to the wall, on the West side, so her mother could watch it from her building window, on the East.
The family who built a flying fox and literally flew over the wall during the night.
There are movies recorded during those days. people trying to cross, Soldiers trying to stop them in one side and on the other, the Allies trying to help them succeed.
There was a big outdoor on the West side, aiming at the East side soldiers. It said:
You are also a prisioner there!
Living life as we do today, it is hard to imagine what these people went through...

 
Essa é a cruz da igreja que foi derrubada pouco antes do fim da guerra fria. Ela amassou na queda e foi escondida pelos funcionários da área. Depois do fimd a guerra ela voltou ao seu local de origem, e hoje foi transformada em monumento.
O alicerce da igreja também foi escavado e está aberto a visitaçao. O antigo sino da igreja também está exposto.
O muro foi preservado, os túneis excavados pelo Serviço Secreto ( em busca de túneis de fuga) estão delineados na grama. Há paineis contando histórias de pessoas que cruzaram o muro e de outros que não foram tão felizes na tentativa.
Eu já tinha me impressionado, emocionado e chorado com o que eu vi e aprendi sobre a Guerra Fria em Berlim, mas nenhum outro lugar é tão "didático" quanto esse memorial.
Aqui eu senti na espinha os horrores daquela época. Ví imagens reais, fotos de vitimas, relatos de sobreviventes. No Memorial, a história ganha vida e mostra sem cortinas as atrocidades a que foram submetidos os Alemães do lado Oriental.
 
The church was demolished by the Russians just before the war ended. When the Cross feel to the floor, it was damaged ( as you can see) but local employees hide it until it was safe to return it. Today it is displayed in memory of all the atrocities that happened here.
You can also see where the SS were, the fundation of one house was excavated and one can clearly see where the rooms were in the house.
No other site gives you as much information as this one. Here one can feel chills going down the spine just reading and learning how matters were handleded between East and West Germany...
 

12 comentários:

  1. Eu lembro que meu guia comentou sobre a existência dos dois muros, mas não sabia deste memorial.

    Só assim pra gente ver perfeitamente como era antes :)

    ResponderExcluir
  2. Berlim é tão estranha... há um lado meu que gosta muito, aprecia a cidade, e outro que se arrepia. Uma mescla de admiração pelo hoje e horror pelo ontem. Não há como negar os terrores da segunda guerra nem o absurdo da cidade (e país)dividido. Uma amiga alemã me disse que se dependesse dos alemãs tudo seria reformado e modernizado, como nos bairros mais novos e futurísticos... mas ela mesmo admite que lembra do que foram capazes de fazer é uma lição dura e necessária. Como um dever de casa a ser repetido diariamente. Nunca vi um lugar onde o passado ainda estivesse tão vivo, como se os fantasmas ainda não tivessem ido embora. Uma cidade de contrastes que me causa fascinação.

    ResponderExcluir
  3. Acho que agora entendo melhor ainda a sua fúria com as garotas que escreveram no muro. Vc realmente mergulhou na história aí e obviamente entendeu que esse não é um lugar para brincar. A memória disso aí é muito pesada, sem dúvidas. Também fico tocado sempre que passo nesses lugares...

    ResponderExcluir
  4. Outro dia encontrei um cara que nasceu e viveu na DDR, entre outras coisas, está se formando na faculdade agora, com 42 anos. Qdo eu perguntei, com jeitinho, porque só agora, ele me responde que fez muita coisa na vida, meio sem rumo e fecha a narração com a seguinte frase: "eu não soube lidar com a liberdade". FO-DA!

    ResponderExcluir
  5. Interessante ver de perto tudo isso,né? beijos,chica

    ResponderExcluir
  6. É legal ler a história contada por uma pessoa que não esteja vinculada a mídia, porque têm uma conotação mais real.

    Parabéns.

    Bjs

    ResponderExcluir
  7. Tenso isso, gostaria de conhecer!
    Concordo com o comentário de Mr. Lemos.
    bjs
    Jussara

    ResponderExcluir
  8. Berlim tem tanta história, já fui várias vezes, e sempre aprendo mais um pouco, adoro! Bjks

    ResponderExcluir
  9. Nossa, é tudo muito triste, mas ao mesmo tempo interessantíssimo acompanhar a história assim de tão perto. Adorei as fotos e obrigada por compartilhar esse momento conosco.

    Kisu!

    ResponderExcluir
  10. Deve ser um lugar emocionante mesmo!
    E você ainda está por aí, menina?!
    bjs cariocas



    ResponderExcluir
  11. eu amo história...mais não conhecia esse monumento, gostei muito do ser relato e suas palavras....fiquei com vontade de conhecer também...

    Bjinhosss

    ResponderExcluir
  12. gente, é muita emoção! nem sei o que eu faria primeiro quando chegasse lá!

    ResponderExcluir